A árvore do "tento" é muito encontrada no cerrado.
Adenanthera pavonina L., espécie pertencente à família Fabaceae, subfamília Mimosoideae, conhecida popularmente como "tento"-vermelho, carolina ou olho-dedragão é uma leguminosa arbórea, originária da Índia e Malásia, encontrada em todo o cerrado e litoral brasileiro. Sua utilização estende-se desde fins ornamentais, arborização de ruas e praças, para sombreamento, artesanato e medicamentos, sendo suas sementes e madeira utilizadas como fitoterápicos, no tratamento de infecções pulmonares e da oftalmia crônica. Árvore semidecídua, de 15-20 metros de altura, possui um crescimento rápido, sendo um bom dossel para plantas herbáceas, arbustivas e trepadeiras que não toleram altas intensidades luminosas. Fornece madeira escura, compacta, com veias onduladas e pequenos poros, usada em marcenaria de luxo. O tronco caracteriza-se por possuir uma casca parda e lisa enquanto que a ramagem é longa e esparsa formando copa aberta. As inflorescências de pedúnculos longos, axilares ou terminais, em racemos curtos, com flores amarelas, formadas principalmente em março-abril. Os frutos são vagens estreitas, achatadas, marrons, espiraladas quando se abrem, expondo as sementes globosas, achatadas, duras, vermelho-brilhantes. As sementes apresentam o tamanho médio de 10x12mm, e podem variar de tonalidade, tamanho e formato.
As condições que as sementes encontram no solo para germinarem nem sempre são ótimas, como ocorre em solos salinos e sódicos, que, além do efeito salino, influencia o processo de embebição, que é dependente do gradiente hídrico entre a semente e o meio externo. O potencial osmótico de soluções salinas apresenta valores mais negativos do que aquele apresentado pelas células do embrião, dificultando, portanto, a absorção da água necessária para a germinação das sementes. A diminuição da germinação de sementes submetidas ao estresse hídrico é atribuída à redução da atividade enzimática, a qual promove menor desenvolvimento meristemático. A salinidade afeta a germinação, não só dificultando a cinética da absorção de água, mas também facilitando a entrada de íons em quantidade tóxica nas sementes em embebição (Santos et al., 1992). Um dos métodos mais defendidos para se determinar o limite de tolerância das plantas aos sais é a observação da percentagem de germinação das sementes em substratos salinos, que, quando comparada ao controle, serve como um indicador da tolerância das sementes à salinidade. Assim, a germinação é um indicador da tolerância das plantas aos sais em estádios subsequentes do crescimento e desenvolvimento. A germinação e o crescimento inicial de plântulas são os estádios de desenvolvimento mais sensíveis à salinidade e independem da tolerância da planta mãe ao sal (Mayer & Poljakoff-Mayber, 1989).
A semente do tento (Adenanthera pavonina) é muito utilizada no artesanato.
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